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Mostrando postagens de setembro, 2020

Um lírio no meio de rosas

  Você quer que eu vá embora. Talves eu vá, talves nunca consiga ir. Provavelmente não irei com ninguém ou eu nem consiga ir...   Lírios, pra que toda essa sua clareza imensa? Não é o que pensei. Mas, o que foi que pensei?  Eu não pensei.   Talves eu devesse ir, ir  pra longe, bem longe, longe de mim... é  impossível. Não dá pra sair de mim, provavelmente eu não irei com ninguém ou eu nem consiga ir.   Sorria! É importante estar sorrindo. Que idiotice! Seja um lírio no meio de um monte de rosas... nunca escolhem o lírio. Talves eu devesse ir embora. Talves eu nunca consiga ir.   É difícil não ser rosa, um lírio não dá pra se disfarçar. Ela se foi e talves morreu. Talves ela devesse ir. Provavelmente ela nunca consiga ir.   Lírios são flamejantes, apaixonantes ... mas e daí? Rosas são iguais e demais. Não se sinta tão especial, estrela morta, assim que acabar, tudo voltará ao início e provavelmente nossos pecados não serão perdoados.

Monteiro Lobato- REINAÇÕES DE NARIZINHO Capítulo 01 - Narizinho

Capítulo 01 - Narizinho Numa casinha branca, lá no Sítio do Pica-pau Amarelo , mora uma velha de mais de sessenta anos. Chama-se dona Benta . Quem passa pela estrada e a vê na varanda, de cestinha de costura ao colo e óculos de ouro na ponta do nariz, segue seu caminho pensando: —    Que tristeza viver assim tão sozinha neste deserto... Mas engana-se. Dona Benta é a mais feliz das vovós, porque vive em companhia da mais encantadora das netas — Lúcia , a menina do narizinho arrebitado, ou Narizinho como todos dizem. Narizinho tem sete anos, é morena como jambo, gosta muito de pipoca e já sabe fazer uns bolinhos de polvilho bem gostosos. Na casa ainda existem duas pessoas — tia Nastácia , mulher querida que carregou Lúcia em pequena, e Emília , uma boneca de pano bastante desajeitada de corpo. Emília foi feita por tia Nastácia , com olhos de retrós preto e sobrancelhas tão lá em cima que é ver uma bruxa. Apesar disso Narizinho gosta muito dela; não almoça nem janta sem a

O Sítio do Pica Pau Amarelo

O sítio do pica pau amarelo  Todos aqui já ouvimos De um tal Lobato, falar Foi mesmo muito especial Seu jeito de assentar Um sítio que é encantado  No seu mundo particular Tem uma tal Dona Benta E Narizinho também  Uma menina de nome Lúcia  Que todos querem muito bem Outra querida  é tia Nastacia Uma cozinheira do além  Tem também um burro falante E os contos da Caroxinha Uma tal de Emília  Feita de pano, uma bonequinha  Que se tornou tagarela Engolindo uma pilulazinha  O emproado senhor Visconde  É  outro dos  personagem  Feito de um sabugo de milho  É uma mente de armazenagem  Conhecimentos na “cachola” guardados  É parte de sua engrenagem  E com toda sua fidalguia  Ele  é muito  respeitado  Por moradores e visitantes  Muitas vezes, consultado Com sua imensa sabedoria  Um mestre muito amado Tem  também a dona Cuca E até o saci Pererê  Pulando numa perna só  E fazendo muito auee  Pregando peças nos visitantes  Imagine como faria com você ! A Iara com toda sua beleza Cantando, sempre s